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O projeto Quintais Orgânicos surgiu em 2003 dentro do programa Fome Zero, do governo federal. O objetivo inicial é dar segurança alimentar à famílias que não têm muito acesso às frutas e incluir estes alimentos na nutrição das famílias e merenda escolar das crianças. O projeto deu certo, cresceu muito e hoje já existem mais de mil quintais orgânicos plantados nos três Estados da Região Sul e alguns até no Uruguai. A característica de capacitação e transferência de tecnologia do projeto fez com que os beneficiados se inspirassem no que é utilizado nos quintais orgânicos para criarem seus pomares comerciais e obterem renda.
— O princípio básico é a segurança alimentar e capacitação do produtor, mas com a transferência de tecnologia que acontece os beneficiários se espelham no quintal orgânico para formar um pomar um pouco maior comercial. Já tem beneficiário fazendo isso, construindo pomares comerciais baseado na experiência e tecnologia do quintal orgânico. A melhor tecnologia da Embrapa como citros sem sementes, amora sem espinho estão dentro do quintal. As cultivares modernas desenvolvidas pela Embrapa fazem parte do quintal. Além de distribuir as sementes destas frutas nós damos todo o pacote tecnológico como calcário, fósforo, potássio, os insumos necessários para um pomar tecnificado — explica o doutor em fruticultura de clima temperado Fernando Costa Gomes, analista e supervisor da área de transferência de tecnologia da Embrapa Clima Temperado.
O projeto e as tecnologias empregadas atualmente serão apresentadas durante o V Simpósio Nacional do Morango, que acontece de 21 a 23 de setembro, em Pelotas, Rio Grande do Sul pelo analista Fernando Costa. Ele diz que o projeto cresceu muito e está em uma nova fase de implementação com o foco na transferência de tecnologia e a a transformação dos excedentes em novos produtos como doces e frutas para que eles possam ser melhor aproveitados pela comunidade e sejam comercializados no mercado local.
— Também estamos dando uma grande contribuição ambiental com este número de árvores frutíferas plantadas. A nossa financiadora é uma usina geradora térmica de energia elétrica que causa dano ambiental e ela faz a compensação ambiental com a introdução de quintais junto à comunidade. Ano passado, nós fomos premiados na Finep, tanto na região Sul como a nível nacional, sendo premiados como o melhor projeto de tecnologia social — destaca Gomes.
Ao todo já são mais de 1.300 quintais, mais de 200 mil plantas e 70 mil árvores frutíferas, sendo 50% de árvores nativas. Os quintais orgânicos já contam com 16 tipo de fruta: amora-preta, araçá, caqui, goiaba, pêssego, laranja, tangerina, limão, pitanga, romã, figo, cereja do rio grande, guabiroba, uvaia, guabiju, jaboticaba. O projeto está começando a incluir também a videira.
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